segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A escola que era a ‘menina-dos-olhos’ do Sertanense


A fundação da escola de música foi uma das principais conquistas do Sertanense, no campo cultural. Ao longo de cerca de 20 anos, muitos jovens passaram pela escola e aí tomaram contacto com o admirável mundo novo que é a música.
A escola foi criada em 1982, durante a direcção liderada por José Pires Gestosa, e as primeiras inscrições abriram no mês de Setembro. As aulas iniciaram-se no final do mês seguinte.
“A criação da escola de música foi uma verdadeira aventura. Escolhemos a sala junto à sala do bilhar, no rés-do-chão, para instalar toda a logística para a escola”, recorda José Pires Gestosa, no livro Sertanense: 75 Anos de História.
A primeira escolha para dirigir a escola foi o professor Gama, de Castelo Branco. “Ele não pôde aceitar o nosso convite porque já se tinha comprometido com outro projecto. No entanto, foi ele que nos orientou e auxiliou na montagem da escola, tendo sido também ele a sugerir-nos os professores para a escola”, lembra aquele antigo presidente. A professora Paula Ramos, do Conservatório Regional de Música de Castelo Branco, foi a escolhida para orientar as aulas. O sucesso da escola foi imediato, com cerca de 60 alunos inscritos em quatro classes de ensino.
A primeira apresentação ao público aconteceu no dia 19 de Dezembro, por altura da festa de Natal organizada pelo clube, na sua sede. De acordo com o jornal «A Comarca da Sertã», “a assistência presente saiu maravilhada com o espectáculo” que os executantes da escola de música proporcionaram.
Os meses seguintes justificaram esta aposta da Direcção. A adesão de novos alunos obrigou à entrada de uma nova professora (Helena Nunes), que, juntamente com Paula Ramos, desempenharam um “papel notável em prol do ensino da música nas camadas mais jovens da Sertã”.
Em 1988, a escola de música já somava cerca de 75 alunos nas suas várias secções (piano, flauta, órgão e educação musical).
Com o passar dos anos, a escola foi granjeado prestígio um pouco por todo o lado, tendo os seus alunos chegado a actuar em Lisboa e noutras localidades do país. Todavia, o dinamismo da escola perdeu-se em meados da década de 1990, até que a sua extinção foi decretada. Em 2008, a direcção liderada por Paulo Farinha reactivou esta escola.

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