O
Benfica não permitiu quaisquer veleidades ao Sertanense e venceu (3-0) na
terceira eliminatória da Taça de Portugal. A equipa da Sertã saiu da prova de
cabeça erguida, graças a uma excelente exibição, onde só ficou a faltar o golo
que, aliás, esteve bem perto de acontecer.
O
jogo, disputado no Estádio Cidade de Coimbra (por interdição do Campo de Jogos
Dr. Marques dos Santos), foi presenciado por 9132 adeptos. Para termos uma
ideia do desenrolar da partida, aqui fica a crónica do jornal on-line
Mediotejo.net:
“A equipa benfiquista apresentou-se
transfigurada, experimentando Rui Vitória várias soluções, rodando jogadores
menos utilizados, havendo até algumas estreias. Logo na baliza, com Svilar no
lugar habitual de Vlachodimos, e no sector defensivo com a estreia do francês
Corchia e Yuri Ribeiro nas laterais, Alfa Semedo a central e o regressado
Samaris a médio defensivo. De referir o regresso de Jonas ao eixo atacante dos ‘encarnados’.
A equipa de João Manuel Pinto apresentou-se com o xadrez habitual.
A equipa de João Manuel Pinto apresentou-se com o xadrez habitual.
O jogo começou com alguma lentidão
mas o minuto quatro poderia ser o regresso de Jonas aos golos. Jonas introduziu
o esférico na baliza do Sertanense, na recarga a remate de Rafa, mas o
brasileiro estava em posição irregular.
Ao minuto nove Yuri Ribeiro tentou ‘esticar’
o jogo pelo lado esquerdo mas Pereirinha travou-o em falta. Na cobrança,
Zivkovic levantou o esférico para a área onde surgiu Jonas a cabecear com muito
perigo mas por cima da trave da baliza do guarda redes Rafa Santos. Jonas foi
tocado no nariz tendo ficado a sangrar obrigando à entrada da equipa médica das
‘águias’. Regressou após assistência.
O Benfica começou a instalar-se no
meio campo da Sertã e as ocasiões de golo começaram a surgir. Aos 21 minutos
Yuri Ribeiro ganhou um canto. Batido por Zivkovic levou muito perigo. Dois
minutos depois Rafa rompeu a defensiva beirã, pelo lado esquerdo, cruzou para o
centro da área com boa conta. Nenhum companheiro estava em condição de rematar
e o lance perdeu-se pela linha de fundo.
O mesmo Rafa, pouco depois, fez uma
diagonal da linha lateral esquerda para o meio e rematou contra Tito Júnior.
Rafa estava endiabrado e aos 29
minutos recebeu um cruzamento de Yuri Ribeiro, que havia tabelado com Zivkovic
e com forte remate fez o esférico passar muito perto da baliza do Sertanense.
Aos 32 minutos a bola voltou a rondar a baliza de Rafa Santos quando Gabriel
serviu Zivkovic, descaído sobre a esquerda, e este driblou um contrário e
rematou cruzado mas ao lado. Logo no minuto seguinte foi Jonas a rematar, já
dentro da área, para defesa de Rafa Santos.
No melhor período do Benfica Alfa
Semedo é obrigado a cometer falta a cerca de 28 metros da grande área. O livre,
favorável ao Sertanense, foi batido por Kevin por cima da baliza de Svilar que
controlou a saída da bola.
Aos 35 minutos Yuri Ribeiro voltou
a subir, em missão atacante, centrou para Zivkovic que desferiu forte remate
que Rafa Santos defendeu para a frente. Rafa, avançado do Benfica, foi mais
rápido a atacar a bola e não perdoou, abrindo o marcador.
Aos 41 minutos Zivkovic bateu um
livre do lado esquerdo e a cabeçada de Rúben Dias passou sobre a barra. O
árbitro deu quatro minutos de compensação. Tempo suficiente para Hugo Barbosa
ver o amarelo por entrada à margem das leis sobre Gedson. O intervalo chegou
com um resultado que pecava por escasso, tal foi o caudal ofensivo do Benfica.
Rui Vitória deixou o apagado
Gabriel nos balneários e fez entrar Facundo Ferreyra, passando a jogar com dois
avançados num desenho semelhante a um 4x4x2. A segunda parte prometia ser
animada e não desiludiu com o Benfica a querer chegar ao golo da tranquilidade
o mais rapidamente possível e os sertaginenses a ansiarem por causar surpresa,
empatando a contenda.
A tendência do jogo, com os ‘encarnados’
com maior posse de bola e a criarem mais ocasiões, manteve-se. Aos 47 minutos o
Sertanense ganhou um canto do qual nada resultou.
Para os 53 minutos estava guardado
o ‘momento’ do jogo. Gedson, a cerca de trinta metros da baliza de Rafa Santos,
ensaiou forte remate para o lado direito do guarda redes sem hipóteses para
este. Um golaço desta jovem promessa benfiquista.
Aos 57 minutos Samaris tentou
imitar Gedson mas desta vez Rafa Santos opôs-se com defesa de bom nível para
canto. Na resposta, à passagem da hora de jogo, Hugo Barbosa ensaiou forte
remate de longe obrigando Svilar à defesa da noite para canto.
Aos 68 minutos Jonas, com sede de
golos, fez aquilo que bem sabe. Recebeu um passe curto de Yuri Ribeiro, em zona
frontal, à entrada da área, rodou e depois de se enquadrar rematou não dando a
mínima hipótese a Rafa Santos. Ao fim de muitos meses o ‘Pistoleiro’ voltou a
fazer das suas e foi muito aplaudido nas bancadas.
A faltarem ainda 20 minutos para o
final o marcador começava a apresentar números robustos e restava à equipa que
viajou da Sertã procurar a consolação dum golo. O melhor que conseguiu foi um
pontapé de canto.
Aos 75 minutos o inadaptado
Ferreyra marcou a passe de Jonas mas o golo foi anulado por fora de jogo. No
Estádio ficaram muitas dúvidas, o argentino parecia em posição regular, mas o
auxiliar foi perentório e o golo foi mesmo anulado.
Com a entrada de Jota aos 77
minutos a formação da Luz ficou a jogar com seis jovens jogadores da formação:
Rúben Dias, Alfa Semedo, Yuri Ribeiro, Gedson, João Félix e Jota.
O final do jogo ficou assinalado
por duas boas oportunidades do Benfica: primeiro com Rúben Dias a cabecear para
defesa de Rafa Santos e em cima do tempo regulamentar por Samaris de longe com
o esférico a rasar o poste.
Foi o ponto final num jogo emotivo,
típico da Taça de Portugal, com animadas claques nas bancadas e com um
resultado justo. O Benfica ganhou bem mas João Manuel Pinto tem bons motivos
para estar orgulhoso. Arbitragem sem erros de monta.
Ficha de jogo
Estádio Cidade de Coimbra
Árbitro: Manuel Oliveira, auxiliado
por Pedro Ribeiro e Tiago Leonardo (AF Porto)
Sertanense: Rafa Santos, Tito
Júnior, Tiago Correia, Rojas, Bruno Pereira, Pereirinha (Luís Dias, 58’), Hugo
Barbosa (Vladimir, 84’), Kevin, Batista, Ricardo Pires (Sócrates, 69’) e Sele Davou.
Suplentes não utilizados: Daniel Carvalho, Filipe Mello, João Jesus, e Luís Gaspar.
Treinador: João Manuel Pinto.
Suplentes não utilizados: Daniel Carvalho, Filipe Mello, João Jesus, e Luís Gaspar.
Treinador: João Manuel Pinto.
Benfica:
Svilar, Corchia, Alfa Semedo, Rúben Dias, Yuri Ribeiro, Samaris, Gabriel
(Ferreyra, 46’) Gedson, Zivkovic, Rafa (João Félix, 67’) e Jonas (Jota, 87’).
Suplentes não utilizados: Bruno Varela, André Almeida, Pizzi e Seferovic.
Treinador: Rui Vitória.
Suplentes não utilizados: Bruno Varela, André Almeida, Pizzi e Seferovic.
Treinador: Rui Vitória.
Golos: Rafa (35’), Gedson (53’) e
Jonas (68’)
Disciplina:
cartão amarelo a Hugo Barbosa (45’), Bruno Pereira (55’) e Rúben Dias (47’)