A experiência adquirida na época anterior foi providencial para o magnífico campeonato que a equipa do Sertanense realizou nesta temporada. Sob a orientação de António da Silva, que acumulava a função com a de presidente do clube, a formação sertaginense mostrou muita qualidade e, acima de tudo, uma garra e um querer que começaram a colocar os adversários em sentido, sempre que o Sertanense era o opositor.
O plantel não apresentava muitas mexidas, relativamente à última época, o que acabou por ser positivo, uma vez que os jogadores já estavam bastante entrosados e o fio de jogo bem definido. O ‘onze inicial’ era normalmente composto por Vítor Serrano, Né, Franco, Dionísio, José Marques, Ezequiel, Jorge Coelho, Vítor Cavalheiro, Fernando Camilo, Rui Vaz e Xana. Jorge Marques, Farinha, Pires e António Gaspar eram também habituais titulares.
A estreia no campeonato aconteceu frente ao Vitória de Sernache, no Campo de Jogos Nun’Álvares, na vila de Cernache. Apesar da longa história de confrontos entre equipas das duas localidades, esta era a primeira vez que duas formações da Sertã e de Cernache do Bonjardim se defrontavam numa competição oficial.
Num jogo muito disputado e onde a rivalidade imperava, o Sertanense venceu pela margem mínima (0-1), um resultado que lhe deu bastante ânimo para as jornadas seguintes.
E nessas jornadas, a equipa treinada por António da Silva fez um verdadeiro brilharete, conseguindo sete vitórias e um empate em oito jogos. Barco, Alcainense, Belmonte, Unhais da Serra ou Desportivo de Castelo Branco não tiveram argumentos para contrariar a superioridade do conjunto da Sertã, que à nona jornada era líder isolado da prova, com mais seis pontos do que o segundo classificado, o Desportivo de Castelo Branco.
Tudo corria bem ao Sertanense. Nas crónicas dos jogos publicadas no jornal «A Comarca da Sertã» já faltavam adjectivos para classificar este início de campeonato e a forma como os futebolistas jogavam. Por exemplo, as exibições do guarda-redes Vítor Serrano deixavam a maioria dos adeptos boquiabertos. No jogo frente ao Alcainense, o cronista daquele semanário, Raul Américo, escreveu: “Simplesmente impressionante a maneira como Serrano jogou, como defendeu, como cortava, como socava, como voava, enfim, como tudo fazia para que as suas redes não fossem violadas”. Talvez por isso, não fosse de estranhar que o guardião sofresse apenas dois golos nos primeiros nove jogos.
Mas os elogios estendiam-se também aos outros jogadores da equipa. Dionísio, além de capitão, era um dos esteios da defesa, fazendo-se valer da sua experiência no duelo com os adversários. Franco era outro dos jogadores em evidência: “De admirar neste jogador o denodo com que se bate. Não sendo natural da Sertã (embora aqui exerça a sua profissão) dá um verdadeiro exemplo de amor à camisola que veste”, escreveu o cronista Raul Américo, depois do jogo frente ao Desportivo de Castelo Branco.
No meio-campo, o tecnicista Jorge Coelho pautava o jogo, sendo auxiliado por Vítor Cavalheiro e pelo irrequieto Fernando Camilo, um dos mais criativos da equipa.
O terror das balizas contrárias era o avançado Rui Vaz, que em três jogos consecutivos (Alcainense, Idanhense e Cebolense) facturou seis golos.
No entanto, a sorte do Sertanense começou a mudar a partir da décima jornada. A deslocação ao Teixoso, para defrontar a turma local, adivinhava-se complicada e assim sucedeu. O jogo foi tudo, menos normal. Desde logo, a equipa de arbitragem designada para apitar a partida não compareceu, esquivando-se a apresentar qualquer motivo para o sucedido. Os árbitros foram escolhidos entre os presentes. Logo que o jogo se iniciou, a equipa da Sertã foi confrontada com um ambiente verdadeiramente intimidatório e com várias agressões a seus jogadores, que o árbitro não sancionou. A história é contada pelo jornal «A Comarca da Sertã» de 25 de Março de 1977, onde são relatadas agressões aos jogadores Vítor Cavalheiro, José Marques e Franco. O Teixosense acabou por vencer (2-1) a partida, a qual viria a ser protestada pelo Sertanense junto da Associação de Futebol de Castelo Branco. O protesto foi aceite e o jogo foi mandado repetir: o Teixosense voltou a triunfar (3-2).
Este jogo marcou uma reviravolta na carreira da equipa, que no desafio seguinte não conseguiu evitar a derrota em casa (0-1) com a Póvoa de Rio de Moinhos.
Apesar da vitória na partida seguinte (2-0 ao Vitória de Sernache), o empate (1-1) com o Barco atirou o conjunto sertaginense para a segunda posição da tabela classificativa, por troca com o Desportivo de Castelo Branco.
Um empate na Idanha e três derrotas consecutivas (Cebolense, Belmonte, Unhais da Serra) conduziram a equipa ao quarto lugar. A vitória frente ao Dominguiso deu algum ânimo, mas a goleada (6-0) infligida pelo Desportivo de Castelo Branco foi a machadada final numa formação que tão boa conta tinha dado de si. No final do campeonato, o Sertanense ficou-se pelo quinto posto, em igualdade pontual (24 pontos), com o quarto, a Póvoa de Rio de Moinhos.
O plantel não apresentava muitas mexidas, relativamente à última época, o que acabou por ser positivo, uma vez que os jogadores já estavam bastante entrosados e o fio de jogo bem definido. O ‘onze inicial’ era normalmente composto por Vítor Serrano, Né, Franco, Dionísio, José Marques, Ezequiel, Jorge Coelho, Vítor Cavalheiro, Fernando Camilo, Rui Vaz e Xana. Jorge Marques, Farinha, Pires e António Gaspar eram também habituais titulares.
A estreia no campeonato aconteceu frente ao Vitória de Sernache, no Campo de Jogos Nun’Álvares, na vila de Cernache. Apesar da longa história de confrontos entre equipas das duas localidades, esta era a primeira vez que duas formações da Sertã e de Cernache do Bonjardim se defrontavam numa competição oficial.
Num jogo muito disputado e onde a rivalidade imperava, o Sertanense venceu pela margem mínima (0-1), um resultado que lhe deu bastante ânimo para as jornadas seguintes.
E nessas jornadas, a equipa treinada por António da Silva fez um verdadeiro brilharete, conseguindo sete vitórias e um empate em oito jogos. Barco, Alcainense, Belmonte, Unhais da Serra ou Desportivo de Castelo Branco não tiveram argumentos para contrariar a superioridade do conjunto da Sertã, que à nona jornada era líder isolado da prova, com mais seis pontos do que o segundo classificado, o Desportivo de Castelo Branco.
Tudo corria bem ao Sertanense. Nas crónicas dos jogos publicadas no jornal «A Comarca da Sertã» já faltavam adjectivos para classificar este início de campeonato e a forma como os futebolistas jogavam. Por exemplo, as exibições do guarda-redes Vítor Serrano deixavam a maioria dos adeptos boquiabertos. No jogo frente ao Alcainense, o cronista daquele semanário, Raul Américo, escreveu: “Simplesmente impressionante a maneira como Serrano jogou, como defendeu, como cortava, como socava, como voava, enfim, como tudo fazia para que as suas redes não fossem violadas”. Talvez por isso, não fosse de estranhar que o guardião sofresse apenas dois golos nos primeiros nove jogos.
Mas os elogios estendiam-se também aos outros jogadores da equipa. Dionísio, além de capitão, era um dos esteios da defesa, fazendo-se valer da sua experiência no duelo com os adversários. Franco era outro dos jogadores em evidência: “De admirar neste jogador o denodo com que se bate. Não sendo natural da Sertã (embora aqui exerça a sua profissão) dá um verdadeiro exemplo de amor à camisola que veste”, escreveu o cronista Raul Américo, depois do jogo frente ao Desportivo de Castelo Branco.
No meio-campo, o tecnicista Jorge Coelho pautava o jogo, sendo auxiliado por Vítor Cavalheiro e pelo irrequieto Fernando Camilo, um dos mais criativos da equipa.
O terror das balizas contrárias era o avançado Rui Vaz, que em três jogos consecutivos (Alcainense, Idanhense e Cebolense) facturou seis golos.
No entanto, a sorte do Sertanense começou a mudar a partir da décima jornada. A deslocação ao Teixoso, para defrontar a turma local, adivinhava-se complicada e assim sucedeu. O jogo foi tudo, menos normal. Desde logo, a equipa de arbitragem designada para apitar a partida não compareceu, esquivando-se a apresentar qualquer motivo para o sucedido. Os árbitros foram escolhidos entre os presentes. Logo que o jogo se iniciou, a equipa da Sertã foi confrontada com um ambiente verdadeiramente intimidatório e com várias agressões a seus jogadores, que o árbitro não sancionou. A história é contada pelo jornal «A Comarca da Sertã» de 25 de Março de 1977, onde são relatadas agressões aos jogadores Vítor Cavalheiro, José Marques e Franco. O Teixosense acabou por vencer (2-1) a partida, a qual viria a ser protestada pelo Sertanense junto da Associação de Futebol de Castelo Branco. O protesto foi aceite e o jogo foi mandado repetir: o Teixosense voltou a triunfar (3-2).
Este jogo marcou uma reviravolta na carreira da equipa, que no desafio seguinte não conseguiu evitar a derrota em casa (0-1) com a Póvoa de Rio de Moinhos.
Apesar da vitória na partida seguinte (2-0 ao Vitória de Sernache), o empate (1-1) com o Barco atirou o conjunto sertaginense para a segunda posição da tabela classificativa, por troca com o Desportivo de Castelo Branco.
Um empate na Idanha e três derrotas consecutivas (Cebolense, Belmonte, Unhais da Serra) conduziram a equipa ao quarto lugar. A vitória frente ao Dominguiso deu algum ânimo, mas a goleada (6-0) infligida pelo Desportivo de Castelo Branco foi a machadada final numa formação que tão boa conta tinha dado de si. No final do campeonato, o Sertanense ficou-se pelo quinto posto, em igualdade pontual (24 pontos), com o quarto, a Póvoa de Rio de Moinhos.
70-71
ResponderEliminarBf C branco...1-3...1-4
Minas Panasqueira...???...1-2
Teixosense...1-5...1-2
Covilhã Bf...4-0...1-3
troca de mais resultados ou confirmação
gualdino2@portugalmail.pt
Saudações!
ResponderEliminarO resultado em falta com o Minas da Panasqueira traduziu-se num empate a 2-2.
Se pretender a informação relativa à época 1970/71 está incluída num post publicado neste blogue no dia 2 de Outubro de 2009. Basta clicar no link: «Equipas do Passado» e procurar a época correspondente.