segunda-feira, 19 de junho de 2017

Sertanense – Balanço da época 2016/17 no Campeonato de Portugal



O Sertanense esteve à beira do paraíso, quase desceu ao inferno e terminou são e salvo após uma época futebolística onde os extremos se tocaram. O principal objetivo (manutenção) foi alcançado e a formação da Sertã estará novamente no Campeonato de Portugal, na temporada de 2017/18.
A impressionante série de cinco vitórias consecutivas nas primeiras cinco jornadas do campeonato parecia antecipar uma época em grande para o emblema sertaginense. Quinze pontos ao cabo de cinco jogos era um pecúlio impressionante para uma equipa que nem surgia no lote dos favoritos. O empate (0-0) à sexta jornada, diante do Benfica de Castelo Branco, foi considerado como um resultado normal mas a primeira derrota chegou logo depois, no derby local frente ao Vitória de Sernache.
Líder até à sexta jornada, o Sertanense caiu para a segunda posição, recuperando o comando da prova à oitava jornada, depois de uma brilhante vitória no terreno do Operário.
No final da primeira volta, a derrota diante do Fátima atirou os sertaginenses para o segundo posto da tabela classificativa.
Apesar de uma certa irregularidade no começo da segunda volta, com duas vitórias, dois empates e uma derrota, o triunfo no reduto do Benfica de Castelo Branco alicerçou o Sertanense no segundo lugar e em zona de se apurar para a fase de subida à Segunda Liga. Essa condição foi reforçada pela vitória diante do Vitória de Sernache, à passagem da 16.ª jornada.
O jogo da 17.ª jornada em casa com o Operário era decisivo – uma vitória garantia praticamente o acesso à fase de subida mas até o empate poderia chegar, dada a vantagem no confronto direto sobre o então terceiro classificado, Sporting Ideal.
Depois de um jogo muito disputado e equilibrado, o conjunto da Zona do Pinhal soçobrou nos instantes finais da partida e foi derrotado por 1-3 (os golos do Operário foram marcados nos últimos dez minutos do desafio).
Ainda assim, o Sertanense conseguiu manter a segunda posição mas a tarefa para conservar esse lugar era complicada – na última jornada, a deslocação ao terreno do líder Fátima não era fácil e o ponto de diferença para os terceiros era margem muito curta.
O pior cenário confirmou-se: derrota em Fátima e vitória dos perseguidores. Os sertaginenses acabaram em quarto, com o Operário a garantir a última vaga de acesso à fase de subida.
Era agora preciso lutar pela vida na fase de manutenção do Campeonato de Portugal. E cedo se percebeu que a desilusão por não terem logrado o acesso à fase de subida teria efeitos sobre os jogadores. Um início de prova titubeante, com dois empates e uma derrota fez soar os alarmes, amenizados por duas vitórias fora de portas (Angrense e Alcobaça) e por dois empates caseiros.
A segunda volta da fase de permanência foi uma verdadeira descida aos infernos. Ao cabo de quatro jogos, dois empates e duas derrotas e o espectro cada vez mais presente de o clube poder ter que disputar o sempre perigoso play-off de descida.
A derrota em casa com o Angrense foi a gota de água. Num fim de jogo quente, com adeptos, treinador e jogadores a envolverem-se em trocas de palavras bastante azedas, o destino parecia ter ficado traçado: Gonçalo Monteiro, que orientara a equipa desde o início da época, acabou substituído por Filipe Moreira.
A serenidade parece ter regressado à equipa, que somou duas vitórias nos dois jogos seguintes, garantindo assim a permanência antes da última jornada. Sem pressão de qualquer género, o Sertanense terminou a prova com uma derrota nos Açores, no reduto do Sporting Ideal.
A título de curiosidade, deixamos aqui o registo de jogos/golos dos jogadores que alinharam pelo Sertanense na presente época. Refira-se que o capitão Kelvin, bem como os defesas Danilson e Tito Júnior alinharam em todos os 32 desafios desta temporada. Por seu lado, Grinood foi o melhor marcador com oito golos apontados.
Plantel: Miguel Assunção (11 jogos), Ravi Paschoa (21 jogos) Paulo Salgado (0 jogos), Allex Nunes (0 jogos), Michel (1 jogo), Pedro Machado (19 jogos e 1 golo), Kelvin (32 jogos e 3 golos), Grinood (28 jogos e 8 golos), Mauro (29 jogos e 6 golos), André Romão (30 jogos e 7 golos), Angola (30 jogos e 6 golos), Danilson (32 jogos), Ruben Freire (30 jogos), Tito Júnior (32 jogos e 2 golos), Vítor Martelo (23 jogos e 2 golos), Sérgio Uolu (21 jogos), Neymar Canhembe (29 jogo e 1 golo), Ruizinho (13 jogos e 2 golos), Sandro (8 jogos), Ricardo Oliveira (1 jogo e 1 golo), Ká (27 jogos e 4 golos), Samir (5 jogos), Mohamed Kaba (7 jogos), Telmo Marcos (1 jogo), João Silva (1 jogo), Max (0 jogos), André Ferreira (0 jogos), Rodrigo Silva (0 jogos) e Eduardo Mendonça (0 jogos).     

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